Como já relatei e reitero, escrever faz parte da minha vida desde a adolescência. É a forma que a minha alma escolheu para se expressar e se enxergar.
Através de diários, poemas, poesias ou apenas desabafos isolados que administrei minhas crises juvenis, que não foram poucas.
Sempre fui muito questionadora e as perguntas que ficavam sem resposta eram muitas.
Por isso hoje, faço o que teria apreciado ter na época: aconselhamento e orientação. Eu só tive meus cadernos… e aos poucos fui me tornando autodidata, tateando respostas e superando crises existenciais através dos desabafos que a escrita me proporcionava.
Só bem mais tarde, beirando os 30, fui cursar Psicologia. É dito que sempre procuramos esse curso, porque buscamos respostas mais profundas. E é verdade.
Acolher as duvidas e inseguranças, ouvir as dores e incertezas , de jovens e adultos diante de questões da vida cotidiana, e ser a presença mais experiente para sugerir possíveis respostas de quem já buscou muitas, com um olhar neutro, de fora da questão, creio que pode fazer a diferença.
Participei de antologias poéticas e de contos desde a década de 80.
Em 2006 consegui publicar meu primeiro livro, O Pensamento como. (ponto) de Partida, que é uma síntese da minha jornada de autoconhecimento e que eu quis compartilhar. Achados que não são compartilhados perdem seu significado.
Essa publicação foi através de uma editora local, uma especie de parceria, em troca prestei alguns serviços na área psicológica para alunos de cursos profissionalizantes por correspondência, que na época eram comuns.
Em 2008, fui cursar Jornalismo, (sonho de adolescente, na época substituído por Educação Fisica que não conclui) na mesma Universidade onde me graduei em Psicologia em 1995, e consegui escrever e lançar meu segundo livro, numa editora de São Paulo, mas custeado por mim – MULHERES de + ou – 50 – a idade dourada.
Foi pensado para as mulheres que estão na pré ou menopausa, pois havia pouca literatura de apoio na época. O que sempre falta são estratégias de venda. A editora não liga, quer publicar.
Ainda durante o curso de Comunicação Social (Jornalismo) consegui publicar meu primeiro livro infantil pela editora da Universidade : O URSO QUE NAO QUERIA DANÇAR, lançado na Feira do Livro de Porto Alegre.
E em 2018, por conta própria, numa editora de São Paulo, lancei o segundo livro infantil, LUNGO– o Fantasma que se Veste de Palavras, lançado na 25a. Bienal Internacional do Livro.
Escrever, para quem gosta, é bom. Publicar e vender é sempre um desafio. Investimentos que nem sempre tem retorno, mas o legado fica.
Hoje com as edições de e-books parece um pouco mais simples, mas eu gosto de livro de papel, para folhear, sublinhar, sentir a textura do papel. É mais humano, mais pessoal…
Ao escrever esse texto me deparei com um escrito, em 2018 , que achei interessante transcrever.
06/02/2018. (sempre dato meus escritos)
Escrevo para o ser humano, não olho para o seu exterior. Para mim não importa seu estereótipo, sua cor, sua raça, sua orientação sexual, o lugar geográfico onde vive.
O que procuro produzir e exteriorizar é para um ser que vive, que nem eu, no Planeta Terra.
Acredito que enquanto levantarmos bandeiras de causas isoladas, estaremos estimulando os abismos entre os que chamamos de Seres Humanos.
Achei que devia transcrever essa reflexão nessa época que existe tanta polaridade, que cada vez mais fragmenta e dificulta relações verdadeiras.
Importa o Ser Humano saber ser e se desenvolver para merecer essa denominação.