Estava sentada no alto de uma montanha admirando a paisagem. De repente percebi uma presença. Não era física, mas também não era invisível. Era perceptível.
_ Quem está aí?
_ Sua outra metade.
_ Outra metade?
_ Sim, seu Eu silencioso, que só vem quando há silencio. Minha comunicação não é com palavras…
_ Sei… e tem algo que queira me comunicar?
_ Quer “ouvir”? Como disse Rumi, o poeta sufi, ‘atenta para as sutilezas que não se dão com palavras’.
_ Sim…a voz do silêncio! É onde reside a verdadeira sabedoria.
_ Isso mesmo. É preciso sentir, para captar. Tudo é energia e informação, continuou a voz.
_ Universo fantástico esse? Concorda?
_ Plenamente…!
_ O que quer me contar?
_ Que senti seu sonho da noite passada…
_ Ah sim?!
_ Sim, em como seria se todos os humanos pudessem receber o vírus do bom-senso…Se pudessem ser tocados pelo equilíbrio e neutralidade, para olhar com objetividade para o privilegio de estarem vivos! Sem serem tendenciosos, sem emocionalismo dramático!
_ É…foi um sonho! Se o vírus do bom-senso se propagasse, nossa realidade seria outra!
_ Continue sonhando…Tudo nasce na mente primeiro…!
E então acordei!
Poema Sufi ( Rumi )
Ninguém fala para si mesmo em voz alta.
Já que todos somos um,
falemos desse outro modo.
Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma
Fechemos pois a boca e conversemos através da alma
Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.
Vem, se te interessas, posso mostrar-te.